Rodeada de pessoas de fato, com ar importante, sério, muito sério, a falar em várias línguas, a escrevinhar coisas certamente muito importantes e teclar ao mesmo tempo (diz-se teclar em ecrans tácteis?), questiono se estas pessoas com ar importante e sério foram, alguma vez, crianças. Depois, olho para mim, de calças de ganga, ténis. Volto a olhar para eles, muitos não são mais velhos que eu. Fico a pensar se eles pensam, por algum minuto de pausa, se o fizerem, se alguma vez deixei ou deixarei de ser criança. E percebo o quão simplista pode ser um (o meu) pensamento baseado em aparência. Mas, mesmo assim, com todo o esforço, não consigo olhar para estas pessoas e imaginá-las crianças.
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