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Thursday, March 27, 2014


"This skateboarding ramp floating over the clear waters of Lake Tahoe was put together in just four days by design-and-build team Jerry Blohm and Jeff King for Californian skater Bob Burnquist."
(imagem e texto da Dezeen)

Wednesday, March 26, 2014

Olho pela janela e vejo que as árvores que há uns dias estavam despidas, estão agora cheias de folhas novas, muito verdes, de vários verdes e, algumas, até têm flores, num começo feliz. E assim esqueci a minha manhã. E assim me lembrei dos muitos sorrisos que me trouxeram aqui. E assim me lembrei da frase "nem tudo é tão mau nem tão bom como parece" e, sincera e genuinamente, concordei sem hesitar, com um sorriso grato.
Dia perturbador, a definição:

Sair de casa, tentar fazer o caminho de sempre e demorar o triplo do tempo porque o Obama está cá. Tentar voltar para casa e ter que ficar num café à espera que a confusão passe e deixem as pessoas andar em uma das ruas que possibilitam o regresso a casa. O café - o único em que posso ficar à espera - estar repleto de portugueses que parecem saídos de um catálogo da Sacoor. Acho que chega por hoje mas ainda é só uma da tarde.
Yes you can.
You can wait in a cafe.
You can walk in circles.
You can curse.
But you can't go home or work or wherever.

Yes you can your royal ass.
Querido Obama,

Antes de escrever, fiz o exercício de contar até dez, respirar fundo e tentar ver o lado positivo.

Obrigada por teres vindo aqui à terra. Um caminho que demoro dez minutos a fazer, demorou hoje mais de trinta minutos o que me possibilitou descobrir um restaurante italiano nos confins de um beco, um café que é também mercearia numa rua que não conhecia e ainda passar pelo parque cá do bairro com o arco que hoje me pareceu a Brandenburger tor. Falei ainda com dois polícias muito amáveis que me indicaram os caminhos de curvas e contra-curvas, sempre com um sorriso de quem não tem que fazer os percursos indicados.

Não te apoquentes que não foi maçada nenhuma, afinal só paguei 2,50 euros por um café que costuma custar 1,00 euro mas tive direito a um bolinho que me caiu para o chão, certamente pelo entusiasmo de te saber cá na terra.

Também não foi nada chato percorrer a mesma rua de trás para a frente até uma alma caridosa explicar-me que não, que não é mesmo possível ir para a praça onde vivo e que temos que esperar ali até à uma da tarde, eventualmente até às três, ninguém sabe ao certo, e que não vale a pena eu dar mais voltas, mais vale esperar no único café em que se pode entrar e esperar. Sentada.

A culpa não é tua meu querido ilustre, nem de todos os outros ilustres que têm reuniões muito importantes nos edificios de vidro. A culpa é dos idiotas cá da terra (desta e de todas as outras, não é exclusivo) que teimam em fazer um circo à vossa volta e fazem todos acreditar que estamos perante deuses. Certamente haverão explicações inteligentes e inteligiveis, eu é que sou uma provinciana que não é desta terra.

Pronto, já contei até dez, já respirei fundo e não resultou.



Tuesday, March 25, 2014

"Academic writing or writing a PhD is about telling what you are going to tell, then tell them and then, tell them what you've told them."
=
Academic writing is the same as a ditto device.
=
Academic writing is boring.

Aspectos divertidos de, de vez em quando, fazer de um café escritório:
(continuação)

11) As conversas entre pessoas muito sérias, com fatos e gravatas:
- Last year she was a trainee like you at our company, this year she is in Washington. 

(e para o próximo vai dominar o mundo).
Aspectos divertidos de, de vez em quando, fazer de um café escritório:
(continuação)

10) As conversas entre pessoas muito sérias, com fatos e gravatas:
- Don't worry, you'll make friends in no time.
- I don't want to make friends really.
- Well, it's not that easy to make friends here anyway. But the office is like a family and we have lots of trainees.
- You mean like me?
- Yeah, like you, the blond girl that I think is German and, you know, all the others.

Monday, March 24, 2014

É tão fácil aprender a dizer "não" enquanto crianças. Talvez seja das primeiras palavras que as crianças dizem com mestria. Porque será, então, tão complicado re-aprender a dizer "não" enquanto adultos? Um "não" no momento certo poupa energia tanto para quem o diz como para quem o ouve.
"I tried looking at the brighter side of life. It hurt my eyes."
- A Grumpy Book

Já estava na altura de alguém se lembrar de um livro desmotivacional. 

Wednesday, March 19, 2014

Definição de pesadelo:

Receber um convite para atribuição de doutor honoris causa de duas pessoas com a indicação de dress code "Traje académico com insígnias".

Mas como os pesadelos são só pesadelos e acabam, inevitavelmente, bem porque (regra geral) acordarmos:
Não tenho traje, não posso ir.

Saturday, March 15, 2014




Da série "Drawings", 2012 de Suthipa Kamyam.
© Suthipa Kamyam.

Wednesday, March 12, 2014

Podia escrever uma lista imensa sobre as razões que me levam a querer voltar e ficar em Lisboa mas esta parece-me tão válida como qualquer outra.

Onde é que poderia ouvir um taxista encher os pulmões depois de uma acesa discussão anti-conjugal (não é conjugal, não sei o que chamar a uma conversa com a que não é a 1ª mulher com quem viveu 16 anos, também não é a namorada, é a que conheceu há 3 meses) telemóvel (em alta voz, que tive a oportunidade de ouvir com detalhe), virar-se para trás e desabafar: "isto tem um homem que andar com quem não quer, já viu isto?"

Thursday, March 6, 2014

Hoje, num almoço com dois artistas, esqueci-me que estava entre artistas e lancei uma posta de pescada daquelas que ficam bem escondidas:

- Se possível, prefiro não conhecer os artistas por detrás de boas obras nem os curadores e críticos por detrás de bons textos e boas exposições. Gosto de ficar com uma ideia boa quando vejo um trabalho bom.

Também não posso com estupidez e estive em grande estilo de estupidez, mesmo estando incluída na frase. Valeu-me o sentido de humor Luso-Belga. Isso ou o vinho que já tinham bebido. Já eu, não preciso beber para dizer coisas no momento errado à hora errada.

Wednesday, March 5, 2014

Crossover Collective

Um projecto sobre as histórias e memórias colectivas que poderiam passar de geração em geração. Mas passam? Parece-me que as pessoas não querem dar tempo a outras pessoas para ouvi-las, independentemente da distância de idades ou de culturas que as separa. A menos que seja por meio de um computador, entre caixinhas. O projecto é interessante, houvessem mais e que pensassem no problema de raíz e não se ficassem por um resultado visual.

Imagem e © de Louise te Poele
"In today's society there is a lot of knowledge (created), but how is this knowledge passed on? Young people get their knowledge from books and the Internet, while the elderly and their heritage disappear. Society is changing and people are suspicious of spontaneity and communication with each other. People increasingly withdraw into their own privacy ‘bubble' while society, perhaps more than ever, actually is in need of real social exchange.

Collect moments, not things
The social machine focuses on an ancient form of communication and social activity: collective embroidery. The viewer is an active part of the installation, where transfer of ‘heritage’ (a collection of behavior, knowledge, expertise, skills, memories, core values and sentiment) that you leave in your environment is the central theme. The embroidered carpet is the silent witness of the numerous short encounters, and the visitor created a positive memory."


http://www.floornijdeken.nl/