collectors of dreams - etsy shop

Thursday, June 27, 2013


Fotografia de Jan Boaz


Só mais um barco
quando nevar em Julho e quando os navios voarem

Natalia Irina Roman


http://www.berlinerpool.de/?profiles=Artists&id=538
http://vimeo.com/44915903


4.7.2013 - 9.7.2013
Diariamente, das 15 às 19 horas
Round The Corner
R. Nova da Trindade, 9 F/G / Chiado / Lisboa

Inauguração: quinta-feira, 4 de Julho, 19h
(Concerto de acordeão a solo, 20h, por Sophie Bazy)



Natalia Irina Roman tem um corpo de trabalho consistente focado em contar histórias no contexto de instalações site-specific. Três elementos cruciais em todas as histórias são o tempo, o espaço e as personagens e é assim que o trabalho “Só mais um Barco, quando nevar em Julho e quando os navios voarem” (2013) começa a tomar forma. A acontecer em Julho, na zona antiga de Lisboa, uma zona repleta de linhas de eléctricos usados e outras ao abandono, em que linhas horizontais e verticais se cruzam e entrecruzam, “Só mais um Barco” (2013) é composto por barcos de papel – aqui, as personagens da história – espalhados ao longo de cordas de dois metros, entre o tecto e o chão do espaço. No Round The Corner, uma pequena sala em que cada saída é também uma entrada, os visitantes são convidados a passar por uma cortina densa de cordas e o espaço torna-se assim parte da instalação com o seu carácter misterioso e de passagem, tanto na horizontal como na vertical.

O cenário de Natalia é uma fantasia de Lisboa na qual neva em Julho e na qual navios podem voar numa pequena sala. A especificidade do lugar e do tempo em “Só mais um Barco” (2013) de Natalia é baseado na sua desconstrução. Estamos em Lisboa, em Julho. Mas, não estamos na Lisboa real do Verão de Julho e na realidade em que os navios navegam no mar mas não voam no céu nem são pendurados numa sala. “Só mais um Barco, quando nevar em Julho e quando os navios voarem” (2013) convida para a imaginação, os desejos e as esperanças, mais do que à simples participação como a conhecemos.
I'm fine. Save me.The signs are there if you read them. Help us save a life before it's too late.
 "Pain isn’t always obvious. To show how we often miss the warning signs, we created ambigrams and printed the ads upside down in magazines. At first glance, the reader sees a positive phrase. But when the ad is inverted, the copy reveals a sentiment quite the opposite – revealing the hidden feelings of those who are lost and depressed."
Advertising Agency: Publicis, Singapore
Worldwide Creative Director: Erik Vervroegen
Chief Creative Officer: Ajay Thrivikraman
Associate Creative Director: Kris Ng
Art Directors: Kris NgJia Ying GohPei Ling Ho
Copywriters: Pei Ling HoJia Ying GohKris Ng
Typographers: Jia Ying GohKris Ng
Photographer: Sebastian Siah Shooting Gallery Asia
Digital Imaging: Issac Aloysius Goh
Producer: Michael Kan
Agency Producer: Lynn Cheng
Published: April 2013
retirado daqui
visto aqui

Thursday, June 20, 2013

Gosto de ser anónima. Posso assinar o meu nome e continuo a ser anónima - quantas Luisa Santos existem no mundo? Muitas, calculo. Não percebo a preocupação em assinar "anónimo" nos blogs já que, na verdade, somos todos, parece-me, anónimos aos olhos de quem não nos conhece. Mas será certamente uma preocupação válida ou não haveria a possibilidade de assinar como tal. Mas o que acho francamente curioso não é a questão de assinar "anónimo" ou outro nome qualquer mas sim a panóplia de comentários  de anónimos tristes (não é uma critica, é mesmo uma pura observação com alguma pena), assim numa espécie de "se não assinar com o meu nome ninguém sabe que fui eu, posso dizer o que me apetecer" a blogs com muitos leitores. 

O mais interessante é que, a razão de ser deste querer ser anónimo é poder fazer comentários cheios de mal-estar, de fúria, como se aqueles palavras pudessem retirar todas as frustrações do dia-a-dia, que, parece-me, todos temos, de uma ou de outra maneira. Comentários com tanta raiva a posts que não dizem nada de especial (e se dissessem?) vão sempre lembrar-me aqueles senhores do metro ou do autocarro que me fecham a porta no minuto em que chego à porta esbaforida, depois de uma corrida desenfreada. Não servem para nada. Contribuem para o mal-estar momentaneo de alguém mas será que isso faz com que deixem de ter o seu mal-estar? Há assim uma espécie de transferência de mal-estar nesses segundos? 

Tuesday, June 18, 2013


Au Revoir Simone
Take me as I am
video by They Shoot Music 


Retirado daqui e feito pela Startup WeTipp 
© WeTipp - Publisher Damiano Ramazzotti
selva
nome feminino
1.floresta densa ou virgem, caracterizada pelo máximo desenvolvimento vegetal, tipicamente tropical
2.mata incultaflorestamatagal
3.figurado grande quantidade de coisas, sobretudo emaranhadas
4.figurado ambiente ou local onde existe muito competição e rivalidade
(Do latim silva-, «idem»)

selva In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-06-18].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/selva;jsessionid=f1p3W10GA+cr5hDP1tzo4w__>.

Monday, June 17, 2013

(em e-mail. Porque é que é difícil trabalhar em Portugal em curadoria, porque é que as burocracias são uma estupidez e perda de tempo, porque é que Portugal é um microcosmos de quem-conhece-quem, quem-é-filho-de-quem, porque é que a minha vontade de fazer networking onde quer que seja é nula, porque é que continuo a acreditar que é mesmo possível a arte ter um papel social mas é se deixarem os que querem fazer alguma coisa, fazerem de facto em vez de se limitarem a tentar - mas isso e tanto mais ficou por dizer. vamos ver é se me aguento sem dizer tudo, porque a resiliência tem limites)




Boa tarde,



Antes de mais, o meu pedido de desculpa pela insistência mas verifiquei no Vosso website que já têm uma nova direcção (nova em relação ao momento do meu pedido de adesão a meio de Dezembro do ano passado). 

Já passaram mais de seis meses desde que fiz o pedido de adesão e gostava sinceramente de contribuir para as actividades da AICA porque acredito que estamos no momento de melhorar as perspectivas da massa critica positiva, que conduza a propostas reais para a arte contemporânea e a sua relação com a sociedade em Portugal. 

No entanto, verifico com alguma tristeza e desapontamento a falta de interesse em receberem novos membros com trabalho comprovado na área (requisito de adesão expresso pela AICA) bem como grande interesse em contribuir com propostas e actividades. Sou membro do IKT e da The British Art Network, Tate, desde Abril deste ano e gostava de tentar estabelecer parcerias mas vejo-me sem hipóteses para tal em Portugal, tamanhas as dificuldades de resposta.

Há alguma possibilidade de colaborar / fazer propostas à AICA mesmo sem ser membro? 


Grata pela atenção dispensada.


Com os melhores cumprimentos,
Luísa Santos


"I'd like to think that happiness looks like that whale, that it's always swimming around under the surface, and now and then it looks up and becomes visible." 
- Jeppe Hein


Jeppe Hein, A Smile for YouISBN: 978-3-86335-383-4
Editors: Sara Arrhenius, Mattias Givell, Jeppe Hein, Camilla Larsson and Wiebke Petersen
Graphic Design: All the Way to Paris
Language: English
Published by: Koenig Books, London, 2013

Jeppe Hein, A Smile for You is now available at Bonniers Konsthall, Wanås Konst and through Koenig Books.
“The greatness of a nation and its moral progress can be judged by the way its animals are treated.” 
― Mahatma Gandhi

Friday, June 14, 2013



Grace: All I see is a beautiful little town in the midst of magnificent mountains. A place where people have hopes and dreams even under the hardest conditions.

(Dogville, 2003)

Para contextualizar a história, sou uma pessoa de cidade mas sou também uma pessoa que adora a natureza e animais. Mas adorar, amar, não é sempre o mesmo que perceber ou saber o que é melhor. Fui a uma vila muito pequena, Beaufort. Há um castelo muito alto, muito velho e não reconstruído com um terreno muito verde à volta protegido por uma cerca e vivem lá cerca de trinta ovelhas. Uma das ovelhas decidiu fazer um passeio num corredor que separava o campo das ovelhas de outra propriedade. Os humanos adoram ter coisas, propriedades e, claro, deixar bem explicito que lhes pertence, com placas de "Propriedade Privada, Não Trespassar!" Mas, bem, as ovelhas não sabem ler e aquela quis ir para o tal corredor privado da tal propriedade privada. Não faço ideia de como a ovelha conseguiu passar a cerca para o corredor e calculo que ela também não saiba porque não conseguia voltar ao terreno onde estavam as outras ovelhas. 

Como pessoa de cidade, que nunca viveu no campo, nem férias longas lá passou, o meu pensamento (que na altura me pareceu muito inteligente) foi que poderia simplesmente saltar a cerca (e fingir que não percebia o que poderia significar a versão alemã de "Propriedade Privada, Não Trespassar!" em letras garrafais) e pegar na ovelha e passá-la para o outro lado onde estavam a família e os amigos dela. O que não previ no meu plano (e vamos ultrapassar o facto do peso da ovelha que nem me passou pela cabeça, do alto dos meus menos de 50 kg) é que, talvez, a ovelha quisesse estar ali sossegada, apesar dos mééééé desesperados das outras ovelhas. 

Então, lá estava eu do outro lado da cerca, a correr atrás da ovelha. Eventualmente, descobri que conseguia abrir a cerca. Brilhante. Mas, não pensei que ela poderia não querer passar a cerca. Limitou-se a ficar no corredor, de cima para baixo, de baixo para cima, mas nem pensar em voltar para a família e amigos. Não consegui ajudá-la. Mas será que ela queria ajuda ou queria simplesmente paz e sossego naquele lado? Às vezes, os humanos têm esta coisa de quererem tanto ajudar, quererem tanto fazer uma diferença positiva, tentam com tanta força que esquecem (eu esqueço-me) de perguntar a si próprios e aos outros se, de facto, alguma coisa precisa de ser mudada e se querem mesmo ajuda. Às vezes, os humanos esquecem-se que amar não é sempre perceber ou achar que se sabe o que é melhor para o outro tanto como é aceitar, confiar e respeitar o outro. 



Wednesday, June 12, 2013

Ser mãe e amar incondicionalmente. Ultimamente, tenho lido e ouvido mais vezes do que gostaria que ser mãe é condição para saber o que é amar incondicionalmente. Assim uma espécie de epifania que só acontece quando se é mãe. Alguns textos e comentários vão mais longe e falam do carregar (uma expressão fantástica) um ser por 9 meses, outros falam ainda do amamentar e da ligação materna que é tão enriquecida assim. Alguns destes textos e comentários dizem que quem não é mãe, antes de ser mãe, sabe lá o que é amar incondicionalmente. Suponho que os pais (homens), para algumas destas pessoas que tiveram esta epifania após serem mães, também não saibam o que é amar incondicionalmente. São uns insensíveis, uns seres incompletos, portanto.

Não sou mãe. Sou namorada, sou filha, sou irmã, sou tia, sou amiga, já fui neta. Talvez um dia venha a ser mãe. Não posso dizer taxativamente que sei melhor ou pior o que é amar incondicionalmente antes e depois de ser mãe porque não o sou. Mas sei que amo incondicionalmente. Sei que não preciso de ser mãe para saber o que é amar incondicionalmente. Repito: sei que amo incondicionalmente. E quem é amado incondicionalmente por mim também o sabe. 

Tinha prometido não escrever nem divagar sobre isto mas, hoje, nos minutos que tive de almoço, fui lá fora, sentei-me nas escadas que dão para a praça e estavam 3 irmãos. Um num carrinho de bébé, outro pequeno, com uns 3 anos e uma maior, com uns 6 anos. A mãe, a tal que carregou os 3 seres por 9 meses cada 1, nem vê-la. Fiquei ali, como acredito que qualquer pessoa que os visse ali sozinhos ficasse, junto deles a tentar que a menina de 6 anos não se afastasse das escadas no jogo de escondidas com o irmão. Entrei no edificio, meio corpo  dentro, meio corpo fora para me certificar que estavam ali, a tentar ver da mãe do amor incondicional. Nada. Passados uns 15 minutos, lá veio. Não aconteceu nada, os miúdos estavam seguros,  ri-me com eles, brincaram às escondidas sempre perto de mim com as minhas dicas ora a um, ora a outro, eu que de escondido só tinha o pânico de os imaginar a atravessar para o lado de lá da praça, que naqueles minutos me pareceu tão confusa como a Times Square ou como uma qualquer selva urbana ou não urbana. Não sou melhor nem pior do que aquela mãe. Se ela sabe amar incondicionalmente? Não faço ideia. Não posso concluir que não por achar que teve uma atitude idiota (todos temos tantas atitudes idiotas e para ela, provavelmente, a atitude idiota foi a minha) ou que sim por ser mãe. Tal como não me parece que alguém possa concluir que só sabe amar incondicionalmente quem é mãe.

Monday, June 10, 2013

As casas #03


Podia dizer que sempre quis ter uma casa numa árvore. Podia dizer também que essa vontade veio dos filmes que vi em criança.  Podia dizer que esta árvore parece ter braços que abraçam como uma casa. Podia dizer que casa é qualquer lugar onde nos sentimos protegidos e que casa não tem paredes, é um lugar que vai muito para além da descrição arquitectónica. Podia dizer que estou em casa onde está o abraço que me dá casa. Podia dizer isso tudo mas ainda me dizem que sou artista ou que tenho 15 anos por isso vou ficar calada. 

Carissa's Weird.
Silently Leaving The Room (Songs About Leaving).
As casas #02


Ben Grasso
Inside Out, 2013
oil on canvas
87 x 94 inches
Courtesy of Thierry Goldberg Gallery, New York
Dawn Smithson.
Safer Here.
As casas #01


'Tokyo Apartment' 
Designed by Sou Fujimoto Architects
© Iwan Baan


Serpentine Gallery Pavilion 2013
Designed by Sou Fujimoto
© Sou Fujimoto Architects 
Image © 2013 Iwan Baan

Thursday, June 6, 2013



Ai Weiwei - Venice Biennial, 2103

Land of milk, not honey … Ai Weiwei's map of China, an installation constructed from 2000 baby formula cans. Photograph: The Asahi Shimbun via Getty Images

(...) Ai Weiwei has made a map of China entirely out of cans of formula milk. It comments on another of those running national sores he loves to rub salt into: in 2008, tainted baby milk made 300,000 children ill in China and killed six babies. People no longer trust domestic formula milk and now try to get it from abroad. (...) This is the moment of Ai Weiwei, an artist who will be the stuff of legend.

- texto aqui, escrito por Jonathan Jones para o The Guardian


Wednesday, June 5, 2013


Private Moon in Linz (organized by OK-Centrum), European Capital of Culture 2009 


On the roof of my run-down home,
There are houses for birds
At a higher place I built a house for the moon,
My heavenly  friend.
I am happy to stay on the broken Earth
As long as the moon does not leave me.

Leonid Tishkov. Private Moon. Kaohsiung. 2012

Photo Po-I Chen




"We are waiting with the moon
For the fishermen returning late.
Red flags and the yellow moon
Are reflected in the sea.
Where is my reflection?
Has it fled with Chang'e?"

Leonid Tishkov. Private Moon.

© Leonid Tishkov

Tudo do website de Leonid Tishkov, aqui.
In academiawriting and publishing is conducted in several sets of boring forms and boring genres
Writing in these forms or styles is usually boring as hell serious, intended for a critical and boring informed audience, based on trying and failing closely investigated knowledge, and posits already written ideas or arguments. It usually circulates within the boring wanna be intellectual  academic world ('the academy') (...).
Typically scholarly writing has an objective stance, uses a boring paraphernalia of words that nobody understands but claims to be very smart clearly states the stupidity significance of the topic, and is a mess organized with boring adequate detail so that other boring scholars could try to replicate boringly the results. Boring Strong papers are not overly general and correctly utilize formal academic rhetoric.
(...), the conventions that academic writers traditionally follow, has been a subject of debate.[1] Many writers have called for conventions to be challenged, for example Pennycook (1997) and Ivanic (1998), while others suggest that some conventions should be maintained, for example Clark (1997, p136) (got lost on the boring footnotes and references).

Tuesday, June 4, 2013

Pesadeleei que havia uma espécie de Master Chef dos Designers. Ainda não acordei. Falta um para curadores.


Monday, June 3, 2013


A história é longa e conta com saltar cercas, correr atrás de ovelhas, quase levar com um bode em cima e abrir cercas em terreno privado mas fico-me pela (minha e subjectiva) conclusão de fim de semana: tal como as pessoas, as ovelhas que aparentemente estão a precisar de ajuda, nem sempre querem ou conseguem ser ajudadas. Outra conclusão possível é que não é lá por sermos humanos (um conceito que dá pano para mangas, isso de ser-se humano) que sabemos o que é ou deixa de ser melhor.