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Friday, January 31, 2014

sou só eu a receber estes (e tantos outros que não são para aqui chamados) e-mails idiotas? (mas obrigada oh Didier, que já me diverti a responder)

On 01/31/14 2:09 AM, Advocat Didier DOVEO wrote:
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Advocat Didier DOVEODO
06 BP 469 Cotonou Porto Novo Ouémé
Benin Republic, West Africa.
Telephone: +229 99027484



Attn: Santos,

I am attorney to Late Ing. Michael Santos, a national of your country and a former Director (SOBEGI BENIN) an Oil & Petroleum distribution company base in Benin Republic West Africa, Here in after shall be referred to as my client.

On 9th October 2010, my client died at Saint Thomas Hospital Cotonou as a result of the Benin Flooding which killed 43 people and 360,000. were seriously affected. The same disaster took away the life of his only son and wife on 28th October 2010,
Read more details about the Benin Flood on this web: 
http://www.voanews.com/english/news/africa/Flooding-in-Benin-kills-43-and-leaves-100000-homeless-105278753.html

After several enquiries to your embassy to locate any of my clients extended relatives proved unsuccessful. I track his last name over the Internet, hence I contacted you to assist in repatriating the money and property left behind by my client before they get confiscated or declared unserviceable by the bank here. These huge deposits were lodged particularly, with the "BANK BENIN (BCB)" An affiliate of Bank of Africa where the Deceased had an account valued at about $14.5 million dollars.

The Bank has issued me a notice to provide the next of kin or have the account confiscated. Since I have been unsuccessful in locating the relatives, I seek your consent to present you as the next of kin of the deceased since you have the same last name so that the proceeds of this account valued at $14.5 million dollars can be paid to you and then you and me can share the money 50% to me and 50% to you. All necessary legal documents to back up this claim are available. Your honest cooperation to enable us achieve this project is required.

I guarantee that this will be executed under a legitimate arrangement that will protect you from any breach of the law. I will need the following information from you to achieve this is;my personal email: (advocatdidier_doveodo@yahoo.co.uk) and do not reply via linkedin, reply only on my personal email: advocatdidier_doveodo@yahoo.co.uk for confidential reasons, so that I will send more details to you.

Your Full Name:__________
Address: _______________
Your Age:______________
Occupation and Position:______________
Your Telephone, and Mobile for Communication Purpose:_____________

I await your urgent reply then I will give you more details.

Best Regards,
Advocat Didier DOVEODO.
......................e-mail resposta:Dear Didier Doveodo,


I am afraid I cannot be of any help in this matter. I can assure you that your client was not my relative. Interestingly, I have been receiving a lot of e-mails very similar to the one you sent me with other names of other relatives. I have a very small family but it's interesting to see that somehow many people seem to think that I have such a large and wealthy family, which is - I can assure you - not the case.

I thank you for your e-mail and wish you good luck in truly helping your clients who might be in real need of help.

Kind regards,
Luisa Santos 



Nancy Dwyer (b. 1954), Big Ego, 1990; poly-coated nylon, 60 x 48 x 192 inches; Purchase, 2010

Thursday, January 30, 2014

Quais são as tuas resoluções de ano novo / planos para o próximo ano?
resposta possível #01


Wednesday, January 29, 2014

Não é preciso ir a África para saber que há fome em África e querer lutar por soluções. Não é preciso assaltarem-me a casa para saber que não é uma sensação que queira ter. Não é preciso morrerem-me os pais para saber que é uma dor enorme, já sabia muito antes do meu pai morrer que ía sofrer e não desvalorizo a empatia dos que têm os pais vivos. Não preciso ser mãe para sentir e empatizar com a dor de uma mãe. Estou um bocado farta de enfatizarem que só uma mãe, porque é mãe e apenas a partir desse momento, pode imaginar e visualizar o que é a dor de perder um filho.

Wan Lee, "The Possibility of Impossible Things," 2012. 
Cortesia do artista e da Gwangju Biennale Foundation.

Tuesday, January 28, 2014

Queixo-me muito da estupidez humana, da maldade humana, de como as pessoas se querem aproveitar umas das outras. Para muitos, serei uma idealista, uma inconformada com muito de naive. Mas também tenho encontrado pessoas muito boas e posso considerar-me uma pessoa com muita sorte.

Hoje, a propósito das pessoas boas com quem tenho tido a sorte de cruzar caminho, falava ao telefone com uma pessoa que, de artista que entrevistei, passou a ser artista com quem tenho trabalhado e, aos poucos, uma pessoa que vou considerando como amiga. Não sou pessoa de ter grupos de amigos, tenho poucos amigos mas muito bons. Com uma diferença de idades de 20 anos, comecei a perguntar-me o que me seria tão familiar. De repente, lembrei-me da facilidade que o meu pai tinha em dizer-me sim a tudo, ainda antes de ouvir as minhas perguntas, caprichos, ideias até ao final. Lembrei-me da generosidade inquestionável do meu pai, da gargalhada dele com os meus devaneios sobre o capitalismo. É isso. Revi essa capacidade de dizer sim sem questionar, a capacidade de acreditar e de sonhar ou de fingir muito bem que se acredita nos sonhos alheios para não destronar o momento de felicidade do outro. E o meu pai voltou a viver.
se fizesse um tumblr do género deste (genial) de Berlim mas de Bruxelas, começava com esta imagem:


Os objectos ou produtos, chamem-lhes o que quiserem, tanto me faz, da Apple, foram criados, em termos formais / visuais, para serem discretos. Destacam-se, precisamente, pela discrição e minimalismo. Não vou dissertar sobre o assunto nem metaforizar, que acordar de noite e voltar a ver a noite antes das 17h00, tira-me a vontade de dissertar sobre o que quer que seja. Então que raio de ideia é essa da Marc Jacobs e afins criarem capas aberrantes, cheias de sub-acessórios, com orelhas e mais sei lá o quê  que parecem gritar "eu tenho um iPhone, iPad, iQualquercoisa"? Ter um objecto da Apple, passou a ser uma espécie de pertencer a uma tribo francamente territorial. E eu, que sempre gostei tanto dos produtos da Apple, pela sua simplicidade que responde à minha incapacidade de entender computadores, só me apetece escondê-los para não me confundirem com um membro da tribo.

Friday, January 24, 2014

Com 33 anos, não tenho facebook. Mas a minha mãe, de 74 anos, tem. De vez em quando, uso o facebook da minha mãe que, lá, só tem 4 amigos (sendo 1 a minha irmã, outro o meu cunhado e outro 1 amiga - real - e o 4º é a página do cão dessa amiga da minha mãe que também tem facebook - não me peçam justificações que não tenho). Subscreveu as páginas da SIC, do Público e da RTP e, a meu pedido, duas páginas de arte que não tenho acesso a informação fora do facebook. Hoje, pedia-lhe, por telefone, para comentar numa fotografia do tal cão, em nome dela. Não sei o que me deu e, pareceu-me um comentário inofensivo e simples sobre como o cão parecia sempre ter a mesma idade, um sortudo portanto. De repente, tinha um senhor com uns 60 anos, um jovem para a minha mãe a quem ele pensava responder a dizer-me "Minha cara senhora..." Seguia-se uma pergunta filosófica sobre o cão (sim, é possível). Rapidamente, veio a dona do cão em defesa acérrima da minha mãe que não escreveu o tal do comentário. Estou tentada a continuar a conversa para a minha mãe mas temo que quando estiver pessoalmente com ela, a reacção não seja tão divertida como a minha ao ler o comentário em tom de pergunta filosófico-desafiadora da vida do cão.

Wednesday, January 22, 2014

- Wonderful piece of writing.
- Did you mean "wonderful piece of shit"?

Tuesday, January 21, 2014

"COMUNICAÇÃO

Tendo em atenção as novas prioridades definidas pelo Conselho de Administração da Fundação INATEL, motivadas pelo actual contexto económico, que obrigatoriamente passa pela rentabilização dos vários espaços da Fundação, termina a actividade do ROUND THE CORNER no Teatro da Trindade.

A todos agradecemos todo o carinho e interesse demonstrados por este projecto ao longo do tempo."


Desculpas, desculpas e mais desculpas. A crise económica serve de desculpa para tudo. Há muito trabalho e tens que ficar a trabalhar mais tempo, fins de semana incluídos? A culpa não é nossa, é da crise, tivemos que cortar no pessoal e tu, agora, fazes o trabalho de 5 pessoas mas, olha, é uma sorte não teres sido despedido, ainda tens trabalho e ordenado, mesmo que com atrasos. Não podemos manter o cinema Londres? A culpa é da crise, não é dos idiotas que apregoam a tristeza que é agora ser "tudo dos chineses", os mesmos idiotas que em vez de ir ao cinema de bairro, optaram pelas grandes superfícies, comer pipocas e deixar o telemóvel ligado durante a sessão. Não podemos produzir exposições de qualidade? A culpa é da crise, não é nossa por não sabermos como formular uma proposta de jeito que traga realmente público e lutar por apoios. Não podemos ter canais de televisão com programas que mantenham a atenção das pessoas mais de 2 minutos e que comuniquem, de facto, alguma coisa? A culpa é da crise, não é de sermos uns idiotas preconceituosos que achamos que sabemos o que o povo quer ou deixa de querer, que percebe ou deixa de perceber. Sim, porque nós não somos povo, povo são os outros. Não consegues o trabalho que queres? A culpa é da crise, não é tua por não tentares o suficiente - já que estamos em crise nem vale a pena - nem do idiota do empregador que nem te responde a um e-mail, a um telefonema porque não vale a pena, porque não há dinheiro para contratar mais ninguém em tempos de crise, a menos, é claro, que possas fazer um estágio não remunerado ou um estágio do IEFP, seja qual for a tua idade. 

A crise económica serve de desculpa para tudo. Quando não há justificações, ora toma lá um "é a crise, não temos culpa". E é tão mais fácil não assumir culpas nem procurar soluções. 

Thursday, January 16, 2014

Wednesday, January 15, 2014

Paradoxo 1: escrever sobre o conceito de tempo quando o tempo para escrever é nulo.
Paradoxo 2: saber que não se tem tempo suficiente mas aceitar mais trabalho e, mesmo assim, aceitar.
Paradoxo 3: saber que há muito poucas pessoas que respeitam prazos e enviam os materiais necessários a tempo e, mesmo assim, aceitar trabalhar com essas pessoas.
Paradoxo 4: queixar-me de falta de tempo e estar a escrever aqui.

Afinal, talvez não sejam tanto paradoxos, como será estupidez.

"Eh pá, eu admito perfeitamente que duas pessoas amarem-se profundamente durante uma vida inteira é uma raridade, assim como descobrir pepitas de ouro numa ribeira ao pé de casa ou um poço de petróleo no quintal. Mas bolas: é possível. Difícil, muito raro, mas possível. E portanto, enquanto o amor de longo prazo for uma genuína ambição humana - porque continuar a ser, já que praticamente ninguém abdica, nalguma altura da sua vida, de procurar o Mr. ou a Mrs. Right -, as pessoas que o conseguem praticar não devem ser olhadas como freaks ou nerds, mas como excepções, raridades, epifenómenos que devem ser olhados com carinho e atenção.

Ou seja, a atitude das pessoas deveria ser exactamente a oposta à habitual. Um casal monogâmico que se assegura feliz há trinta anos é um objecto digno de admiração - e não de dúvida imediata e permanente quanto à sinceridade dos seus sentimentos. Abaixo este totalitarismo relativista que quer enfiar toda a gente no mesmo saco! Até parece que a única forma que muitas pessoas têm para justificar as vezes em que as suas relações correram mal é garantindo a impossibilidade das relações dos outros correrem bem.

(...) por favor, estudem essas pessoas - não duvidem delas. Ponham-lhe o sangue em pipetas, encham as suas caixas toráxicas de fios, scaneiem-lhes o cérebro. Sim, um amor que dura décadas é uma raridade. Sim, pessoas genuinamente apaixonadas dos 17 aos 97 são para aí 0,001% da população mundial. Mas existem. Existem. EXISTEM, PORRA!"

(excerto de um texto em forma de post, João Miguel Tavares, no Blog Pais de Quatro)

© Thierry Geoffroy

"Emergency Room is a format for artists burning with desire to engage in the necessary debates . Emergency Room is an exhibition space where artists rank and express about emergencies today , today the present day , today before it is too late.  ( statement in sound form : MOMA /PS1 )

- http://www.emergencyrooms.org/short.html

Tuesday, January 14, 2014

Ía escrever sobre as cópias das cópias, as não-respostas e contra-respostas nos blogs, entre blogs, entre pessoas que não se conhecem. Depois, lembrei-me que há um paralelo com a arte em que os egos se sobrepõem à vontade de criar algo de novo. Depois, lembrei-me que há um paralelo também com o que vizinhos, colegas de trabalho, pessoas mal dispostas a atender ao público, fazem no dia-a-dia a pessoas que conhecem e a outras que não conhecem mas que estão ali à frente, a jeito de um comentário dito, à falta de um teclado para escrever que facilitava tanto o trabalho. Com tantos paralelos que são, para mim, reais e esses sim, graves, paralelos que preferia não ter pensado, cansei-me e decidi não escrever.

Thursday, January 9, 2014


Se este blog tivesse secções, esta seria restaurantes Belgas com bons nomes.

Não é não, quando justificado e justo, seja para quem for, independentemente da condição de nome de família, estatuto social, político ou económico e do que quer que seja que acreditam que podem comprar ou dominar.

Wednesday, January 8, 2014

Continuo a surpreender-me com as tentativas de fazer o outro de parvo, de falar com alguém com um interesse escondido (ou não tão escondido), de tentar a todo o custo obter alguma coisa, seja o que for, com uma conversa. Resta saber quanto mais tempo continuarei a surpreender-me e a fingir que não percebi.

Uma oportunidade fantástica de trabalhar no Lehmbruck Museum - Center of International Sculpture in Duisburg. Basta ter um PhD, falar três idiomas, ter capacidade de investigação, saber trabalhar sob pressão, flexibilidade e querer trabalhar de graça. Como disse, uma oportunidade fantástica, a não perder. Afinal, quem não sonha ter um PhD, conhecimentos, capacidades e trabalhar de graça sob pressão e com a flexibilidade de um contorcionista na fascinante cidade de Dulsburg? Se fossem todos dar uma grande volta.

Monday, January 6, 2014