collectors of dreams - etsy shop

Thursday, July 30, 2015

Entrei na conta de facebook da minha mãe (devidamente autorizada) para espreitar as fotografias do meu sobrinho mais velho e conclui que os adolescentes, quando tiram fotografias / auto-retratos, têm todos uma espécie de espasmos e ficam parecidos com peixes fora de água, muito desesperados, com a boca mais pequena e redonda, e com os olhos ora semi-cerrados, ora esbugalhados.

Thursday, July 23, 2015

prometi tentar ter bom feitio o resto do mês mas não está fácil.


"Precisa-se para trabalhar na galeria :
Sexo masculino
Espirito de iniciativa
Fluente em inglês (escrito e falado) essencial
saiba falar e escrever português
Muito bom em computadores (illustrator/indesign/photoshop/edição de video)
Com muito bom físico para não ter problemas de embrulhar, carregar e pendurar
Comunicativo ( sem falar demais.)
Carta de condução.
Horário das 11 às 20 horas de Terça a Sexta/Sábados das 15 às 20horas
(não se queixar quando for preciso trabalhar mais horas/vésperas de exposições, chegadas de clientes fora das horas normais de trabalho, dias anteriores a feiras).
Poder viajar/ feiras
Não podem ser artistas, nem parentes.
Mandar número de telefone por mensagem."

Queria muito comentar mas a minha fama de mau feitio atingiu o limite mensal e, a bem da verdade, não há muito a acrescentar.

Thursday, July 16, 2015

"Para assinalar os 60 anos da morte de Calouste Sarkis Gulbenkian, no dia 20 de julho em Lisboa, convidamo-lo(a) a celebrar connosco o Dia Calouste Gulbenkian, com várias atividades de entrada livre."

Que raio de ideia é esta de comemorar o aniversário da morte do fundador ou de quem quer que seja? Comemorar a morte?

Monday, July 13, 2015

Petição Pública - Manifesto de Repúdio pelo Processo Conducente à Demissão de David Santos – Director do MNAC


http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT77819

Para: Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia da República Drª. Maria da Assunção Esteves; Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro Dr. Pedro Passos Coelho

O Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea/ Museu do Chiado, David Santos, apresentou em 7 de Julho a sua demissão.
Durante o curto período em que esteve à frente da instituição, David Santos demonstrou visão em relação à programação e estratégia necessárias para o Museu, iniciou um diálogo que se anunciava profícuo com a comunidade artística portuguesa, abriu o museu a novos públicos e teve um papel determinante na ampliação do espaço da instituição, nomeadamente em consonância com as determinações do Secretário de Estado da Cultura que, com eco público, as anunciou.
Dessa estratégia de ampliação era parte integrante a titularidade, por parte do Museu, da chamada “Coleção SEC”, em depósito no Museu de Serralves desde 1990 e por um prazo de 30 anos. A nova titularidade foi estabelecida a 5 de Fevereiro de 2014 por despacho nº 1849-A/2014 publicado em Diário da República, agora aparentemente revogado. Não é, no entanto, a questão da titularidade que nos move, mas a má condução de todo o processo.
Ora esta colecção será objecto de uma exposição a inaugurar no próximo dia 15 de Julho, no Museu Nacional de Arte Contemporânea que, em simultâneo, abre os novos espaços.
Que o Secretário de Estado da Cultura tenha decidido alterar o nome da exposição, apagando a titularidade do Museu do Chiado, é já estranho, por contrariar a sua anterior decisão.
Que essa atitude seja acompanhada de um gesto censório em relação ao texto que o Director do Museu tencionava publicar é perigoso e autoritário.
Que o conjunto deste desnorte tenha implicado a demissão de um Director cujo trabalho reunia consenso e começava a dar resultados, é incompreensível, revelador da falta de respeito pela opinião técnica esclarecida e, sobretudo, da ausência de visão do Palácio da Ajuda.
Os abaixo-assinados solidarizam-se com o Director agora demissionário, considerando, assim, inaceitável o processo que levou à interrupção do seu projecto. 

Friday, July 10, 2015


Tive um pesadelo. Tinha nascido e vivia num país em que haviam muitos secretários e secretários de secretários. O secretário de estado da cultura (sim, tudo a minúsculas), não fazia ideia do significado de uma colecção de arte contemporânea e não sabia a diferença entre "depósito" e "titularidade". O dito secretário de estado da cultura, a bem da verdade, não fazia ideia do que é cultura e, muito menos, do que é um legado da arte nacional em termos de identidade social e cultural. Não contente com a sua enormíssima ignorância, era também incapaz de manter a sua palavra e andava ao sabor de vontades de administradores de lugares disso da cultura que, na verdade, não sabem nada de cultura mas sabem muito de finanças, em especial das que lhes permitem as férias em Mikonos - tão queridos, a apoiar a economia dos coitadinhos - e os BMW's ou sejam lá as marcas de topo de gama que queiram. Como se não bastasse, achava que um problema de estado, sendo ele um dos secretários do dito estado, é uma mera questão acessória.

Agora, tenho um sonho muito bom. Acordar e que esta criatura se demita porque ele sim, é acessório.

Thursday, July 9, 2015

Era uma vez um País que decidiu deixar de ter Ministério da Cultura. Um Secretário de Estado da Cultura (não é uma Secretaria, com uma equipa, é uma pessoa, um secretário) seria suficiente. Ministério, Secretaria, tanto faz o que lhe queiram chamar, esqueceram-se só de que não são os títulos nem os lugares, são as pessoas que os constituem.

Com esta coisa informe a que chamam de Secretário de Estado da Cultura, não pode existir cultura em Portugal. Com esta coisa informe dirigida por uma pessoa que, enquanto dirigente, é uma nódoa absoluta, não há condições de fazer o que quer que seja. A DGArtes não funciona, não há verba que seja possível distribuir e não é possível deixar - como alguém dizia outro dia - "o Continente a concorrer com a mercearia do Sr. Joaquim". O SEC não funciona, não se dá uma colecção a um Museu e muda-se de ideias dias antes da inauguração que comemora esse despacho. O SEC decide, muda de ideias, volta a decidir. Com base em quê, ninguém sabe ao certo. As consequências são gravíssimas. Temos directores de Museus que fazem um excelente trabalho, que, finalmente, conseguem arrancar com uma programação decente, com apoios privados e que se vêm obrigados a demitir-se perante as idiotices, incongruências e disparates de um SEC que, pior do que não funcionar, é como se não existisse. É um SEC que está assente em injustiças, falta de profissionalismo e total desconhecimento do que é um sistema social e de que a arte é um sistema social. Curiosamente, esse desconhecimento parte de um SEC que pede 10 anos de experiência após conclusão de licenciatura para dirigir aquela coisa que apelidam de DGArtes. Talvez fosse bom repensarem também nos requisitos para ser Secretário de Estado da Cultura.

Bando de idiotas.

Tuesday, July 7, 2015

Quando me perguntam o que gosto mais em mim - e, sim, há perguntas de todos os tipos, a par das conversas sobre o calor que não se aguenta e a chuva que não pára -, digo, sem hesitação, que é o meu nome. Por muitas razões mas, a principal, pelo significado que gosto de acreditar que tem uma relação com quem sou ou com quem gostaria de ser. Depois, vieram umas telenovelas e mais não sei o quê de eventos e parece que o meu nome é assim uma coisa da moda, logo o meu nome que sempre esteve demodé, um horror, que soava a velha. E eu que gostava tanto de estar demodé, agora tenho que controlar-me para não olhar para trás de cinco em cinco minutos quando vou a andar na rua e ouço o meu nome a ser chamado e rapidamente reclamado por uma menina de tótós e meias até ao joelho com aqueles laços impossíveis de lado ou por uma jovem saída de um catálogo da ASOS (foi o primeiro que me lembrei, não percebo o suficiente de moda, mas não interessa para o caso) ou ainda por uma cadela Galgo que, dizem, é o novo Husky.

Friday, July 3, 2015

Grande Maria Lind!
Que é a uma das melhores curadoras a nível internacional, não tenho quaisquer dúvidas. É também uma pessoa que admiro e que já apelidei de super-mulher-curadora mas nunca pensei que tivesse o poder de viver mais 901 anos. Ah as delicias dos directores de comunicação das instituições e fundações.