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Thursday, July 31, 2014

A rapariga mal disposta que serve o café manhã sim - manhã não, afinal, sabe sorrir. Afinal, só tem critérios específicos para quem sorrir. Ser loiro, homem, com mais de 1,70m, ter um ar muito arrogante naquele tom de "eu quero, eu posso, eu mando", e vestir fato. Como diria a minha avó, se não houvesse mau gosto ninguém gostava de amarelo. Mas que é divertido ver o poder dos senhores com ar muito arrogante, perante algumas senhoras jovens, é.

Wednesday, July 30, 2014

Estava aqui quase a tentar decidir a minha opinião sobre a praia urbana em Lisboa, a "praia do Torel", no Jardim do Torel. Já vi praias urbanas em cidades diferentes de alguns países que não têm praias naturais ou, tendo, são pouco acessíveis ou enfadonhas. Em Lisboa, as praias estão francamente perto da cidade e, na maioria, são muito boas, não percebo a ideia de uma praia urbana em Lisboa. A ideia de qualquer praia urbana parece-me sempre uma espécie de carnaval do Rio de Janeiro na Serra da Estrela. Ainda assim, quis tirar dúvidas, há sempre hipótese de surpresa pela positiva.

Lá fui ver as fotografias no Público e, pronto, lá se foram as dúvidas. Já sei que só indo pessoalmente é que posso ter uma opinião formada. Mas a ideia de ir ao Jardim do Torel enquanto estiver cheio de areia e logotipos, demove-me.



Ganhei outra dúvida. O Millenium agora patrocina tudo? Da última vez em Lisboa, vi um painel gigante no Largo do São Luiz que de tão magenta fiquei sem perceber o que anunciava, só percebi que era patrocinado pelo Millenium.

*fotografias daqui 

Tuesday, July 29, 2014

29.07.2014

Um dia, gostava de escrever, num caderno (não um livro, não sei escrever para publicar e já há lixo demais de pseudo-escritores nas prateleiras) as minhas observações de viagens pelos ditos não lugares, desde aeroportos, ao metro e autocarro de diferentes cidades, e aos cafés, esse enorme lugar onde impera a panóplia de conversas e acontecimentos estranhos.

À minha frente vejo uma senhora com uns 50 ou 60 anos, é difícil dizer quando uma pessoa é excessivamente magra (e garanto que não falo com dor de cotovelo, é francamente impressionante) com um café e um copo de vinho manhoso. Estamos em Bruxelas, são 11h da manhã e isto é um café tipo Starbuck's (desculpem queridos Belgas mas o dito fairtrade do Exki não me parece muito diferente), não preciso perceber de vinhos para não acreditar que aquele copo tenha algo de bom. Tira uma coisita qualquer da mala preta, tira os óculos e começa a sessão de maquilhagem. No café.

Momentos antes, vinha uma senhora nova também magra, deve ser pre-requisito cá do sítio, com um café numa mão meio a tremelicar, computador à tiracolo, carteira na outra mão. Quando finalmente chega à mesa, café pela mesa toda perante o olhar reprovador dos senhores importantes das gravatas que no outro dia alguém me explicou que não podem ser Armani, que isso seria uma falta de gosto e não é assim tão complicado ir às compras em Londres. A senhora nova lá chamou um dos meninos com as fardas do café, que era uma grande maçada mas que lhe tinha falhado a mão, muitas desculpas, uma coisa muita portuguesa isto do pedir desculpas cabisbaixo como se em vez de um café, tivesse rebentado com a sala toda. Lá voltou ao balcão com o seu ar algo frágil, meio tonto com o computador na malita e os ténis, parece que não sabe onde está, em Schuman não se calçam ténis a menos que se esteja a fazer jogging e seja Domingo, parece uma estudante credo. Lá explicou o infortúnio do café e o senhor do balcão lá lhe deu outro com cara de poucos amigos. Chegada a outra mesa, deixa cair - mas desta vez só uma parte do café, está a melhorar os reflexos - para cima do computador. Aparentemente, nada de grave, o computador está a funcionar até esta palavra. Não havendo posts nos próximos dias, foi o computador que morreu de overdose de cafeína.

Monday, July 28, 2014

As pessoas, regra geral, surpreendem-me. Em apenas uma semana de reuniões, ouvi histórias e mais histórias que não me dizem respeito sobre a vida privada de pessoas com quem trabalho ou trabalhei. Outras histórias que não são sobre a vida privada, são profissionais mas, não tendo provas e não ouvindo as duas versões, não tenho opinião formada. Na verdade, tenho mais do que fazer do que pensar em opinar e falar mal de quem quer que seja. Em apenas uma semana de reuniões faladas em Português, idioma que tantas saudades tenho, fiquei com uma azia que quase me fez esquecer as saudades, uma azia talvez por osmose.

Hoje, de volta a esta terra cinzenta por mais uns tempos, leio uma série de blogs e vejo uma réplica, via posts e comentários do que vivi na semana passada. A diferença é que nisto dos blogs - nos que estive a ler - ninguém faz disto trabalho. Qual é a ameaça? No trabalho, que se sintam ameaçados e reajam a atacar é irracional, maldoso e francamente uma má estratégia mas nos blogs não será mera perda de tempo? Já para não falar na azia.

Tuesday, July 15, 2014


Quando se é estudante, querem trabalhadores. Quando se é trabalhador, querem estudantes. E não são estudantes quaisquer, é só Srs. futuros engenheiros, s.f.f. Portugal, terra de engenheiros e doutores. Um país tão bonito, com pessoas tão interessantes mas com tanto non-sense. Não há perfeição.