CAM - Gulbenkian de Parabéns (30 anos).
(toda a informação, imagens e texto retirados do site do CAM Gulbenkian)
Sob o Signo de Amadeo
Um Século de Arte
26 de Julho de 2013 a 19 de Janeiro de 2014
Todos os espaços do CAM
Curadoria: Isabel Carlos, Ana Vasconcelos, Leonor Nazaré, Patrícia Rosas e Rita Fabiana
Comemorando os 30 anos da abertura do CAM ao público, a 25 de Julho de 1983, uma exposição invade todos os espaços do centro, apresentando pela primeira vez ao público a totalidade do acervo de Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918). A revisitação da obra pioneira deste pintor na história do modernismo em Portugal, como aquela que teve lugar quando o CAM foi inaugurado há três décadas, celebra Amadeoenquanto referência maior da arte do século XX e âncora desta coleção, história comum que serve de leme à viagem proposta pelo CAM, percorrendo um século de arte, desde 1910 até aos dias de hoje, por uma das mais significativas coleções de arte portuguesa deste período, contendo ainda importantes núcleos internacionais, cujas primeiras históricas aquisições remontam a 1957.
Ocupando todo o espaço do edifício do CAM, entre 26 de Julho de 2013 e 19 de Janeiro de 2014, encontra-se exposta cinco por cento da coleção de arte moderna e arte contemporânea que, trinta anos depois, conta com mais de dez mil obras. O itinerário através do século passado, sob o signo de Amadeo, tem vários portos definidos, oferecendo vários núcleos de interação com a coleção, começando pela Galeria 01, onde se encontra reunida a obra tutelar do modernista português. Na Nave, é prestada uma particular atenção ao corpo humano e ações performativas, um dos temas eletivos a orientar a exposição, aproximando o papel da vanguarda do público atual, e lembrando o museu como lugar de encontros com a arte viva.
Na Primeira Sala, é estabelecido um diálogo entre a arte portuguesa e britânica, um dos focos históricos da coleção, em torno do legado da arte Pop. Na Galeria 1, foram selecionadas obras-primas da coleção do CAM, permitindo uma sinopse da arte moderna e contemporânea, desde as vanguardas históricas do futurismo e cubismo, passado pelo neorrealismo e surrealismo, seguido das neo-vanguardas, até aos anos mais recentes, e cobrindo as várias disciplinas artísticas da pintura, desenho, escultura e fotografia. Na Sala Polivalente, é exibida a coleção de filme e de vídeo, enquanto na Sala de Exposições Temporárias, um conjunto variado de obras explora tematicamente a ideia do palco e da teatralidade na modernidade. Os trinta anos de ininterrupto apoio à criação contemporânea por parte do CAM, são também celebrados nesta efeméride, com a ativação de recentes aquisições para a coleção, no caso da instalação AIROTIV de André Guedes (n. 1971) - ver aqui os horários -, e com a encomenda de obras inéditas a dois artistas portugueses, a Rodrigo Oliveira (n. 1978), para a fachada do edifício, e a Carlos No (n. 1967), para o hall de entrada.
No dia em que celebra o seu aniversário, o CAM convidou o ator Diogo Dória para uma leitura pública d’A Lenda de São Julião Hospitaleiro de Gustave Flaubert, que será feita junto das ilustrações do conto feitas por Amadeo de Souza-Cardoso em 1913.
Paralelamente à exposição da coleção do CAM, uma das mais vastas já realizadas, confrontando núcleos históricos com as obras mais recentes, assumindo a dupla vocação do museu, e considerando o registo vanguardista que perpassa o acervo, decorre um ciclo de performance (entre Outubro e Dezembro), eleita como uma das linhas da programação e apoio à criação. O ciclo inicia-se com um percursor da performance em Portugal, Alberto Pimenta (n. 1937), seguido de Pedro Tudela (n. 1962), Ramiro Guerreiro (n. 1978), Joana Bastos (n. 1979), Musa Paradisíaca (Eduardo Guerra [n. 1986] e Miguel Ferrão [n. 1986]), Martinha Maia (n. 1976), terminando com Isabel Carvalho (n. 1977), atual bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Berlim.
Simultaneamente, reunindo os trabalhos mais recentes na historiografia da arte, e procurando um palco de discussão entre os especialistas, tem também lugar no CAM, no mês de Novembro, um Colóquio Internacional sobre Amadeo de Souza-Cardoso, organizado pelo Instituto de História da Arte (IAH) e pelo Centro de Estudos de Comunicação e Linguagem (CECL) da Universidade Nova de Lisboa.
Celebrando o aniversário do CAM, foram também programados outros eventos na Fundação Calouste Gulbenkian, com destaque para uma exposição que se desenrola em simultâneo na Biblioteca de Arte, intitulada “CAM - 30 Anos de Catálogos e Posters”, e, na noite em que se celebra o trigésimo ano de existência, com entrada gratuita, o projeto musical de Maria João e OGRE toca no Anfiteatro ao Ar Livre, numa colaboração com a 30ª edição do festival Jazz em Agosto.
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