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Friday, September 13, 2013

As pessoas são más é uma frase que digo muitas vezes, talvez vezes demais, correndo o risco de ser repetitiva e negativa. Mas, não o digo sem fundamento nem para chatear quem quer que seja.

Cada vez vejo mais pessoas com caras zangadas e que fazem questão de deixar quem os rodeia mal disposto. Assim como se houvesse uma espécie de alívio se for um mal estar colectivo. Como se o mal estar de um passasse se todos os outros estiverem também mal dispostos e zangados, francamente zangados.

Quem me conhece relativamente bem, sabe que gosto muito de animais e que jamais conseguirei perceber quem trata mal um animal. Considerarei sempre um acto de cobardia. Não sou uma pessoa de revoltas nem de revoluções, estou longe de ser activista na prática, sou uma teórica que gosta de estudar, de perceber e de escrever na esperança que o estudo, a análise e a divulgação de problemas sociais, possam levar a uma reflexão e, potencialmente a soluções. Isto, ou sou apenas uma preguiçosa que não sabe lutar na prática. Mas isso é outra conversa. No entanto, tudo o que esteja relacionado com maldade para com seres (humanos ou não) frágeis, desperta em mim um lado prático de querer levar as mãos ao pescoço de quem quer que seja que tente, cobardemente, fazer mal a alguém que não tem como se defender.

Ontem à noite, mataram cobardemente a gata da minha irmã e dos meus sobrinhos. Envenenada, ficou a contorcer-se até à morte numa vala junto à vivenda vizinha da minha irmã, até à hora em que o meu cunhado a encontrou, sozinha, morta. Estou desde ontem à noite a pensar as coisas que quero dizer à pessoa que fez isto. Que deixou os meus sobrinhos, de 6 e 11 anos, em lágrimas, que matou uma gata de um ano de idade que não lhe fez mal nenhum. Provavelmente, ela dorme bem, agora que passou o seu mal estar com a vida para mais alguém. As pessoas são más. Digam o que quiserem mas esta é a minha convicção. Gratuitamente más. E a maldade contagia-se. Hoje, sou uma pessoa pior, zangada, com vontade de apertar o pescoço da pessoa que matou a pobre da gata.

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