Era uma vez um País que decidiu deixar de ter Ministério da Cultura. Um Secretário de Estado da Cultura (não é uma Secretaria, com uma equipa, é uma pessoa, um secretário) seria suficiente. Ministério, Secretaria, tanto faz o que lhe queiram chamar, esqueceram-se só de que não são os títulos nem os lugares, são as pessoas que os constituem.
Com esta coisa informe a que chamam de Secretário de Estado da Cultura, não pode existir cultura em Portugal. Com esta coisa informe dirigida por uma pessoa que, enquanto dirigente, é uma nódoa absoluta, não há condições de fazer o que quer que seja. A DGArtes não funciona, não há verba que seja possível distribuir e não é possível deixar - como alguém dizia outro dia - "o Continente a concorrer com a mercearia do Sr. Joaquim". O SEC não funciona, não se dá uma colecção a um Museu e muda-se de ideias dias antes da inauguração que comemora esse despacho. O SEC decide, muda de ideias, volta a decidir. Com base em quê, ninguém sabe ao certo. As consequências são gravíssimas. Temos directores de Museus que fazem um excelente trabalho, que, finalmente, conseguem arrancar com uma programação decente, com apoios privados e que se vêm obrigados a demitir-se perante as idiotices, incongruências e disparates de um SEC que, pior do que não funcionar, é como se não existisse. É um SEC que está assente em injustiças, falta de profissionalismo e total desconhecimento do que é um sistema social e de que a arte é um sistema social. Curiosamente, esse desconhecimento parte de um SEC que pede 10 anos de experiência após conclusão de licenciatura para dirigir aquela coisa que apelidam de DGArtes. Talvez fosse bom repensarem também nos requisitos para ser Secretário de Estado da Cultura.
Bando de idiotas.
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